A Revolta
A
indiferença
E toda e
qualquer falta de respeito
Geram
dentro de mim revolta
Daquelas
que se sentem no peito.
A
desigualdade
E a falta
de compreensão
São
diferenças
Que neste
mundo não devem ter ocupação.
Há dias em
que o que vejo me revolta
Mas
procuro tranquilizar o meu coração
Distrair-me
com o que é bom à minha volta
Sem entrar
em turbilhão.
Mas nem
sempre consigo refrear o ânimo
Escrevo
por isso estas linhas
Para
aliviar a tensão
E manter
as ideias limpinhas.
Sentada no comboio da linha de Sintra, escrito à mão,
no dia 9 de outubro de 2015, 18h07
The Revolt
The
indifference
And
every lack of respect
Generate
within me revolt
Of
those who feel in the chest.
The
inequality
And
the lack of understanding
Are
differences
That
in this world they should have no occupation.
There
are days when what I see revolts me
But I
try to reassure my heart.
Distracting
me with what is good around me
Without
going into turmoil.
But I
can’t always restrain the mood
I
therefore write these lines
To
relieve tension
And
keep the ideas clean.
Sitting on the train in the Sintra
line, Handwritten,
on
October 9, 2015, 6:07 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
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