Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Vestígios do tempo / Traces of time

Traces of time


Vestígios do tempo

No local onde moro

Vive também a história

Aqui há marcas do tempo

E também da sua memória.

 

Obtêm-se recordações de outros povos

Celtas, Romanos e outros Cristãos

Aqui moram os flavienses

Transmontanos valentes cidadãos.

 

Encontram-se também vestígios pré-históricos

Há minas de ouro exploradas noutras épocas

Há castros e paisagens sem igual

E a própria natureza.

 

Encontra-se também a memória oral

Que passa de boca em boca

Uma tradição sem igual

Que se transmite como fofoca!

 

Por aqui também passou a Revolução Francesa

E outros episódios mais recentes

Ficaram os vestígios da história

Que na paisagem estão ainda presentes!


Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Chaves com destino a Boticas, 18 de fevereiro de 2015, 8h46
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Traces of time

In the place where I live

History also lives

Here there are marks of time

And also, of its memory.

 

You get memories of other peoples

Celts, Romans, and other Christians

Here live the Flavienses

Transmontanes brave citizens.

 

You can also find prehistoric vestiges

There are gold mines exploited in other times

There are castros and unique landscapes

And nature itself.

 

One can also find the oral memory

That passes from mouth to mouth

A tradition without equal

Which is transmitted like gossip!

 

The French Revolution also passed through here

And other more recent episodes

The traces of history remain

Which are still present in the landscape!

Handwritten: Sitting on the bus of Chaves destination to Boticas,
On February 18, 2015, 8 : 46 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Árvore verdinha / Greening tree

Greenish tree
Árvore verdinha

Árvore verdinha

Quem te viu nascer?

Com esses longos rebentos

Onde lindas folhas vão caber.

 

Dás folha e flor na primavera

De ti brota fruta no verão

No inverno ficas nua

Mas é no outono que começa a tua depilação.

 

A paisagem embelezas

Com todo o teu esplendor

És sinónimo de vida

É excelente o teu odor.

 

O teu corpo é firme

O teu cabelo é denso

Albergas pássaros nos teus braços,

Mesmo quando o seu chilrear se torna intenso.

 

Tens um corpo feminino

Nu e sem pudor

És um dom da natureza

Mereces o nosso respeito e amor. 

Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Chaves com destino a Boticas, 18 de fevereiro de 2015, 8h33
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Greening tree

Greening tree

Who saw you born?

With those long shoots

Where beautiful leaves will fit.

 

You give leaf and flower in spring

Of thee sprouts fruit in summer

In the winter, you stay naked

But it is in autumn that your waxing begins.

 

You beautify the landscape

With all your splendour

You are synonymous of life

Your scent is excellent.

 

Your body is firm

Your hair is dense

You hold birds in your arms,

Even when their chirping becomes intense.

 

You have a feminine body

Naked and unashamed

You are nature's gift

You deserve our respect and love.


Handwritten poem: Sitting on the bus of Chaves destination to Boticas,
on February 18, 20158 : 33 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Cavalinho / Fluffy hourse

Fluffy hourse

Cavalinho

Cavalinho castanho

De pelo bem cuidado

Com a sua crina preta

Pastando no prado.

 

Inclina a cabeça

Com o dente arreganhado

Come a erva verdinha

De um só trago.

 

O sol está radiante

Muito dourado

Apesar de estar frio

O ambiente está animado.

 

Com o pelo lustroso

E bem cuidado

Vagueia o lindo cavalinho

Muito animado.

Poema manuscrito: Sentada no autocarro de Boticas com destino a Chaves (Sapelos), 17 de fevereiro de 2015, 17 h 15
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol, I
Worldly Poetry

Fluffy hourse

Brown fluffy horse

With its well-groomed coat

With its black mane

Grazing in the meadow.

 

Leans his head

With teeth bared

Eats the green grass

In a single gulp.

 

The sun is radiant

Very golden

Although it's cold

The atmosphere is lively.

 

With glossy fur

And well groomed

Wanders the pretty fluffy horse

Very lively.

Handwritten poem: Sitting in Boticas bus bound for Chaves (in Sapelos), on February 17, 2015, 5:15 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Onde param os Direitos Humanos? / Where Human Rights are?

Onde param os Direitos Humanos?
Cerca de 221 mulheres e raparigas violadas
Num curto período de tempo
Durante 36 horas pessoas foram mal tratadas
Como se tratasse de um passatempo.

Uma notícia deveras chocante
Demasiado atroz para ignorar.
Só a sua leitura foi arrepiante
E muitos conseguiu incomodar.

Mães e esposas estupradas sem se poderem defender
por militares sudaneses sem conseguirem fugir
Seguidas pelas suas filhas que não puderam proteger
Porque é que a comunidade Internacional não conseguiu impedir?

Um relatório guardado por tempo excessivo
Foi entre 30 de outubro e 1 de novembro que aconteceu
Em Tabit, no Norte do Darfur
E longe da opinião pública tudo isto permaneceu.

Onde está a defesa dos Direitos Humanos?
Quem defende estas mulheres dos seus agressores?
De uns militares tiranos
Que lhes roubaram as honras sem pudores.

Sentada no autocarro com destino a Boticas (Casas Novas)
12 de fevereiro de 2015, 8h54
Poema manuscrito
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words

Where Human Rights are?
About 221 women and girls raped
In a short period of time
For 36 hours people were poorly treated
As it is a hobby.

A really shocking news
Too atrocious to ignore.
Only her reading was creepy
And many managed to bother.

Mothers and wives raped without being able to defend themselves
By the Sudanese military without being able to escape
Followed by their daughters who could not protect
Why has the international community failed to prevent it?

A report saved for too long
It was between October 30 and November 1 that
In Tabit, North Darfur
And far from public opinion all this remained.

Where is the defense of Human Rights?
Who defends these women from their aggressors?
From a military tyrant's
They stole their honors without shame.

Sitting on the bus bound for Boticas (in Casas Novas)
On February 12, 2015, 8 :54 a.m.
Handwritten poem
In Costa, M.ªLeonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O telejornal está-se a tornar uma religião / The newscast is becoming a religion

O telejornal está-se a tornar uma religião 

O telejornal está-se a tornar uma religião

Com milhões de seguidores

Em Portugal das 20 às 21 é hora de televisão

Os portugueses são das notícias espetadores.

 

Durante este período ouvem e veem aquilo que pensam ser informação

Acontecimentos nacionais e internacionais

É a ordem do dia em ação

Destacando-se os fenómenos mais abismais.

 

As pessoas bebem com toda a atenção

Sem filtros, nem sentido critico

Tornando o telejornal numa religião

Onde tudo o que se diz e afirma é magnífico.


Poema manuscrito: Sentada no autocarro com destino a Boticas (em Casas Novas), 12 de fevereiro de 2015, 8h39
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The newscast is becoming a religion

The newscast is becoming a religion

With millions of followers

In Portugal of the 20 to 21 it's time to television

The Portuguese are spectators of the news.

 

During this period, they hear and see what they think is information

National and international events

It is the agenda in action

Highlighting the most abysmal phenomena.

 

People drink with all the attention

Without filters, nor critical sense

Turning the television news in a religion

Where everything that is said, and claimed, is magnificent.

Handwritten poem: Sitting on the bus bound for Boticas (in Casas Novas), on February 12, 2015, 8:39 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
 Nonô Poetry

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