Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Será que é tarde? / Is it late?

 Será que é tarde? 
Será tarde para encontrar o amor?
Para ser mãe,
Ter uma família feliz,
E conseguir confiar em alguém?

Será possível voltar a acreditar,
Num futuro mais risonho e de esperança,
Com abertura de espírito,
À medida que a vida avança?

Será, com certeza, amanhã
Tudo aquilo que hoje parece impossível.
Ainda há situações a ultrapassar
Para que o futuro se torne incrível.

Agualva, Café Seara, Poema manuscrito,
25 de junho de 2015, 8h45
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
Is it late?
Is it too late to find love?
To be a mother,
Having a happy family,
And get to trust someone?

Is it possible to believe again,
In a brighter future of hope,
With open-mindedness,
As life advances?

It will certainly be tomorrow.
Everything that seems impossible today.
There are still situations to overcome
So that the future becomes incredible.

Agualva, Café Seara, Handwritten poem,
June 25, 2015, 8:45 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Uma enorme confusão / A huge mess

Uma enorme confusão
Num curto espaço de tempo
Há problemas para resolver
Diferentes sensibilidades
Que não se conseguem entender.

Podendo escolher ser céleres
Ou começar a competir
Entrar num braço de ferro
Até que um tenha de desistir.

Há bens comuns a partilhar,
Mas felizmente não há crianças
Já não há muito para conversar
Quando começam as desconfianças.

É triste ver as coisas a terminar
Entre duas pessoas que dificilmente se vão entender
Já que também não se conseguiram amar
E cada um, tenta se defender.

Que a paz regresse em breve
E que tudo se resolva também
É assim que sente quem nada deve
E quem quer solucionar tudo a bem!

Agualva, sentada à secretária, escrito a computador,
22 de junho de 2015, 12h32
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
 A huge mess
In a short time
There are problems to solve
different sensitivities
Who fail to understand.

Can choose to be speedy
Or start competing
Into a tug of war
Then one has to give up.

There are common goods to share
But fortunately, there are no children
Since there is not much to talk
When they begin suspicions.

It's sad to see things end
Between two people who are unlikely to understand
As they would not be able to love
And each one tries to defend.

May peace return soon
And everything also solves
This is how it feels to whom nothing
And who wants to solve everything well

Agualva, sat at the desk, Written computer
June 22, 2015, 12:32 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

terça-feira, 23 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Quando a máscara caiu / When the mask fell

Foi quando a máscara caiu
Que tu verdadeiramente te revelaste
Não sei de onde o teu egoísmo saiu,
Mas sei que algo em mim, roubaste.

Assombrado por uma ex-mulher
Da qual nunca te libertaste
O teu futuro estás agora a colher
Porque me ignoraste.

Uma casa enorme
Onde já não havia amor
Um espaço vazio
No qual se instalou a dor.

Para trás te deixei
Sem nenhum arrependimento
Se algum dia te amei
Foi apenas por um momento.

Tentas-te mostrar ser
Uma pessoa que não existia
Quando a máscara começou a derreter
Quebrou-se toda a magia.

É pena existir gente
Que vive bem assim
Com tanta facilidade mente
Porque sabe bem e, porque sim.

Mem-Martins, sentada na mesa da cozinha, durante o pequeno-almoço,
Poema manuscrito,
22 de junho de 2015,
7h52
In Costa, Maria Leonor. Catarse das Palavras.



It was when the mask fell
That you truly revealed
I do not know where your selfishness came out
But I know that something in me you stole.

Haunted by an ex-wife
From which you never get free
Your future you are now reaping
Because you ignore me.

A huge house
Where there was no love
An empty space
In which settled the pain.

I left you behind
With no regrets
If I ever loved you
It was only for a moment.

You try to show be
A person who did not existed
When the mask began to melt
It broke up all the magic.

It’s too bad people exist
Who lives as well
With so much mind at ease
Because it knows well and just because.

Mem-Martins, sitting at the kitchen table during breakfast,
Handwritten poem,
June 22, 2015,
7:52 a.m.
In Costa, Maria Leonor. Catharsis of Words.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Não há amor como o primeiro / There is no love like the first

Não há amor como o primeiro
Por mais que o tempo passe
não há amor como o primeiro
e mesmo que outro eu amasse
nunca teria o teu cheiro.

A ingenuidade de uma primeira relação
a abertura de espírito para amar
são hoje uma recordação
que permanece no seu lugar.

Tudo poderia ter sido diferente,
mas foi o que tinha de ser.
Não te sou indiferente
e nunca te vou esquecer.

Foi muito difícil abdicar
de uma grande paixão
Pior teria sido nunca saber o que é amar,
mas eu sei e isso guardo no meu coração.

Mem-Martins, sentada à secretária,
Poema escrito no computador
21 de junho de 2015, 22h17
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol . I
Nonô Poetry
There is no love like the first
However much time passes
there is no love like the first
and even though I loved another
He never would have your smell.

The ingenuity of a first relationship
open-mindedness to love
They are now a memory
which remains in place.

Everything could have been different
but it was what had to be.
I am not indifferent to you
and I will never forget you.

It was very difficult to abdicate
of a great passion
Worse would have been never known what love is
but I know and that I keep in my heart.

Mem-Martins, sitting at the desk,
Poem written on the computer
June 21, 2015, 10:17 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 21 de junho de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - A minha personalidade / My personality

A minha personalidade

Revejo a minha personalidade

Em alguns animais que rimam com “ão”

Começando pelo meu signo

Que é, como não podia deixar de ser, Leão.

 

O meu ascendente também,

Pois é escorpião

E a minha postura combina

Em muitas ocasiões com a de um belo pavão.

 

Quanto à capacidade de observação

Identifico-me com um gavião.

Na fidelidade posso ser comparada

Com um dócil e amável cão.

 

Mas não me identifico

Nem me revejo no tubarão

Sinto-me mais como uma borboleta

Com liberdade no coração.

Poema manuscrito: Mem-Martins, sentada à secretária,
18 de junho de 2015, 22h38
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

My personality

I review my personality

In some animals that rhyme with “ão” (in Portuguese language)

Starting with my sign

That is, as might be expected, Leo.

 

So is my ascendant,

It is scorpion

And my approach combines

On many occasions with that of a beautiful peacock.

 

As for my capacity for observation

I identify with a hawk.

In fidelity, I can be compared

With a docile and loving dog.

 

But I do not identify myself

Nor do I see myself as a shark

I feel more like a butterfly

With freedom in my heart.

Handwritten poem: Mem-Martins, sitting at the desk,
June 18, 2015, 10:38 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

sábado, 20 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Maldita Borboleta / Damn Butterfly

Maldita borboleta
Maldita borboleta
que bateu as asas para esvoaçar
e que inspirou o poeta
com a sua vontade de se libertar.

Ela encolheu-se muito tempo
não brilhando no seu esplendor,
vencida pelo contratempo
escondeu a sua dor.

Reprimiu os seus ímpetos
até ao limite das suas forças,
perdeu-se em dialetos
permanecendo solitária como as corças.

Farta de brincar às casas
e de se limitar
Ela abriu as suas coloridas asas
redescobrindo o prazer de voar.

Mem-Martins, sentada à secretária, Poema manuscrito,
18 de junho de 2015, 22h27
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
Damn Butterfly
Damn butterfly
who beat the wings to flutter
and that inspired the poet
with their desire to be free.

She cringed for a long time
not shining in all her splendour
won by the setback
She hid her pain.

Suppressed their urges
within the limits of their strength
lost in dialects
remaining solitary as the deer.

Tired of playing at houses
and to limit her self
She opened her colourful wings
rediscovering the pleasure of flying.

Mem-Martins, sitting at the desk, Handwritten poem,
June 18, 2015, 10:27 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Saudades de viajar / Missing travel

Saudades de viajar 
Tenho saudades de viajar
Para lá de onde me leva a imaginação
De partir à descoberta do mundo
Levando apenas um mapa na mão.

Há culturas por descobrir
Pessoas novas para conhecer
Doces momentos para usufruir
Deixar a aventura acontecer.

A novidade atrai-me,
Faz pulsar o meu coração
Ficar presa por muito tempo
Não é para mim, não.

Agualva-Cacém, sentada à secretária, Poema manuscrito,
17 de junho de 2015, 12h47
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
Missing travel
I miss travelling
Beyond which leads me my imagination
Setting off to discover the world
Taking only a map on the hand.

There are cultures undiscovered
People new to know
Sweet moments to enjoy
Let the adventure happen.

The novelty attracts me
It makes my heart throb
Getting stuck for a long time
It’s not for me, isn’t.

Agualva-Cacém, sat at the deskHandwritten poem,
June 17, 201512:47 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

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