Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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domingo, 7 de abril de 2019

Haiku, Haikai, 俳句

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céu limpo
avião lá no alto a passar.
Prédios em volta

Comboio (Cacém)
Haiku manuscrito,
11 de março de 2019
7h25

clear sky
plane high up passing.
Buildings around
Train (Cacém)
Haiku manuscript,
March 11, 2019
7:25 a.m.



sábado, 6 de abril de 2019

Quadras/ Quatrains: Ao som da música / To the sound of music

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Ao som da música
Faço uma viagem de comboio
Organizo o pensamento
Separo o trigo do joio.

Comboio (Campolide),
Quadra manuscrita,
11 de março de 2019,
7h47

To the sound of music
I take a train trip
I organize the thought
I separate the wheat from the chaff.

Train (Campolide),
Quadra manuscript,
March 11, 2019,
7:47 a.m.



sexta-feira, 5 de abril de 2019

Diálogo entre poemas / Dialogue between poems: Um poema que se perdeu / A poem that was lost – Fernando Namora


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Quantos Poemas Já Perdi (Nonô)

Os dias de chuva são tristes
concordo plenamente.
São dias longos e cinzentos.

Hoje é um desses dias…
(a caneta caiu no chão)

Poema que não registei no papel
Continua cá dentro
Na imaginação

Oh! Como te entendo…
O ruído do silêncio…

Estação de comboios de Mem-Martins
4 de abril de 2019
7h15

***
Um poema que se perdeu, in “Relevos”
de Fernando Namora
(Portugal15 abril 1919 - 31 janeiro 1989)

Hoje o dia é um dia chuvoso e triste
amortalhado
Naquela monotonia doente dos grandes dias.

Hoje o dia...
(a pena caiu-me das mãos)

Acabou-se o poema no papel.
Cá por dentro
Continua...

Oh! este marulhar das almas no silêncio!

***
How Many Poems Have I Lost (Nonô)

The rainy days are sad.
I fully agree.
They are long gray days.

Today is one of those days ...
(the pen fell to the floor)

Poem I did not write on paper
Stay in here.
in the imagination

Oh! As I understand you ...
The noise of silence ...

Train station of Mem-Martins
April 4, 2019
7:15 a.m.

***
A poem that was lost, in "Reliefs"
from Fernando Namora
(Portugal15 April 1919 - January 31, 1989)

Today is a rainy day and a sad day.
shrouded
In that sick monotony of the great days.

Today the day...
(the feather fell out of my hands)

The poem ended on paper.
Inside
To be continued...

Oh! this lapping of souls in silence!


quinta-feira, 4 de abril de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Preciosismos exagerados / Exaggerated oversight

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Preciosismos exagerados
Em pormenores que não interessam
Dispersando do que importa
Comunicações que se stressam.

Demasiado rigor
Não deixa fluir
Uma espécie de prisão
Que a paciência consegue destruir.

Máquina que não engrena
Nunca está pronta para avançar
Certos exageros
Impedem as coisas de andar.

Mesquinhez a mais
Junto com a melindrice
Perante tal cenário
A paciência não resiste.

Comboio (Túnel do Rossio),
Poema manuscrito,
4 de março de 2019,
7h46

Exaggerated oversight
In details that do not matter
Scattering what matters
Communications that stress.

Too strict
Do not let it flow
A kind of prison
That patience can destroy.

Non-gearing machine
You're never ready to move forward.
Certain exaggerations
They prevent things from walking.

Too much meanness
Along with the offending
Against this backdrop
Patience does not stand.

Train (Rossio Tunnel),
Handwritten poem,
March 4, 2019,
7:46 p.m.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Intolerância cruel / Cruel intolerance

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Intolerância cruel
Reina ao nosso redor
Violência gratuita
Por qualquer pormenor.

Agressividade nas palavras
Que se traduz em atos
Todos se acham com razão
À luz dos seus fatos.

Má formação
Princípios abandonados
Mundo em convulsão
Todos se sentem enganados.

Sem clemência
De corpo cansado
Tudo é pretexto
Para fazer do outro culpado.

Rígido e inflexível
Não se compadece
Intolerante aos equívocos alheios
Porque a sua alma adoece.

Comboio (Reboleira),
Poema manuscrito,
4 de março de 2019,
7h35

Cruel intolerance
Reigns around us
Free Violence
For any detail.

Aggressiveness in words
That translates into acts
Everyone is right.
In the light of your facts.

Bad formation
Abandoned Principles
World in convulsion
Everyone feels cheated.

Without mercy
Tired body
Everything is pretext
To make the other guilty.

Hard and inflexible
Do not pity yourself
Intolerant of other people's misconceptions
Because his soul becomes sick.
Train (Reboleira),
Handwritten poem,
March 4, 2019,
7:35 p.m.


terça-feira, 2 de abril de 2019

Amores Platónicos / Platonic loves - Sei o que fizeste o verão passado / I know what you did last summer

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Sei o que fizeste o verão passado
Onde estiveste e com quem
Quanto fingiste ser quem não eras
Te pintaste de mensageiro do bem,

Sei quem enganaste
E trataste com desdém
O quanto erraste
E mentiste também.

Sei como o tempo passa
E com ele tudo muda
Recordo diluídas imagens
Por instantes fico muda.

Comboio (Barcarena),
Poema manuscrito,
4 de março de 2019,
7h26

I know what you did last summer,
Where were you and with whom
How much you pretended to be who you were not
You painted yourself a messenger of good.

I know who you cheated
And you treated with disdain
How much did you miss
And you lied too.

I know how time goes by
And with it everything changes
I remember diluted images
For a moment, I'm speechless.

Train (Barcarena),
Handwritten poem,
March 4, 2019,
7:26 p.m.



segunda-feira, 1 de abril de 2019

Infância Renascida / Childhood Reborn - As conversas dos adultos não fazem sentido / The conversations of adults make no sense

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As conversas dos adultos não fazem sentido
Atulhados de enraizados preconceitos
Exacerbações e egos
Escondidos defeitos.

O que se ouve,
Nem sempre é o que se diz
Confundem-se palavras
Com o som que com elas condiz.

Estranhos assuntos
Repletos de contextos
Comunicação ruidosa
Por vários pretextos.

Diálogos longe de serem
Simples ou lineares
Conversas de surdos
De diferentes lugares.

Comboio (Barcarena),
Poema manuscrito,
27 de fevereiro de 2019,
17h24


The conversations of adults make no sense
Stuck with rooted prejudices
Exacerbations and egos
Concealed defects.

What you hear,
It is not always what is said
Confused words
With the sound that matches them.

Strange subjects
Full of contexts
Noisy communication
For various pretexts.

Dialogues far from being
Simple or linear
Conversations with deaf people
From different places.

Train (Barcarena),
Handwritten poem,
February 27, 2019,
5:24 p.m.


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