Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O dia está muito frio / The day is very cold

O dia está muito frio

O dia está muito frio

O nevoeiro está serrado

Há brancura no caminho

E neblina por todo o lado.

 

O inverno chegou com força

Sinto-o nos meus pulmões

Estão temperaturas negativas

Mas por estes lados ainda não houve nevões.

 

Não se vê um palmo à frente dos olhos

O nevoeiro é denso

À tarde talvez o sol se levante

Pelo menos é assim que eu penso.

 

Os invernos a norte

São muito frios

O tempo custa a passar

São uns dias um pouco vazios.

Escrito: Autocarro para Boticas,
12 de janeiro de 2015, 8h42
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

The day is very cold

The day is very cold

The fog is thick

There is whiteness on the way

And haze is all over.

 

Winter has come hard

I feel it in my lungs

It's freezing temperatures

But around here there hasn't been any snow yet.

 

You can't see an inch in front of your eyes

The fog is dense

In the afternoon maybe the sun will rise

At least that's how I think.

 

Winters up North

Are very cold

Time is hard to pass

The days are a little empty.

Written: Bus to Boticas,
January 12, 20158:42 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 11 de janeiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Sentada na cama / Sitting on the bed

Sentada na cama

Sentada na cama

Vendo televisão

Com um saco de água quente no colo

Assim termina hoje o serão.

 

O dia foi longo

Muito trabalho e algumas arrelias

Relaxando o corpo para dormir

E conseguir recuperar as energias.

 

Lentamente a mente relaxa

O corpo se entrega ao conforto

Um momento de preparação da noite

Dormir pode ser um desporto.

 

Amanhã de manhã

Quando voltar a acordar

Um novo dia começa

Com muito para dar.

Escrito: Sentada na minha cama (Chaves),
8 de janeiro de 2015, 22h54
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Sitting on the bed

Sitting on the bed

watching television

With a hot water bottle on my lap

This is how the evening ends today.

 

The day was long

A lot of work and a few sorrows

Relaxing the body to sleep

And be able to recover the energies.

 

Slowly the mind relaxes

The body surrenders to comfort

A moment to prepare for the night

Sleep can be a sport.

 

Tomorrow morning

When I wake up again

A new day begins

With so much to give.

Written: Sitting on my bed (Chaves),
 January 8, 2015, 10: 54 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


sábado, 10 de janeiro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - O ano de 2015 ainda agora começou / The year 2015 has just begun

O ano de 2015 ainda agora começou 
2014 terminou,
O ano de 2015 ainda agora começou
E para já nada mudou.
Analisando o ano que passou
Muita coisa piorou
A crise continuou
A violência e a fome se multiplicou.
O mundo não acabou
A humanidade não se transformou
E muito melhorou.
O planeta rodou e girou
E agora tudo recomeça como começou.

Sentada na minha cama (Chaves),
8 de janeiro de 2015, 22 h 43
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

The year 2015 has just begun
2014 ended,
The year 2015 has just begun
And for now, nothing has changed.
Analysing the past year
Much has worsened
The crisis continued
Violence and hunger multiplied.
The world did not end
Humanity did not transform
And much improved.
The planet rotated and swivelled
And now it all starts again as it began.

Sitting on my bed (Chaves, Vila Real, Portugal),
January 8, 2015, 10: 43 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Je Suis Charlie (Eu sou Charlie / I am Charlie)

Eu sou Charlie

Eu sou Charlie
Todos somos Charlie
Em nome da liberdade de expressão
Charlie Hebdo foi vítima de um atentado
Provocando em muitos a indignação.

Charb e mais cerca de onze inocentes morreram
E mais uns quantos ficaram gravemente feridos
Vidas humanas destruídas e roubadas
Vítimas por vãos motivos atingidos.

Em nome de Maomé
Ou de qualquer outra religião
Nada justifica estas mortes
Com este atentado os atacantes perderam toda a razão.

Um cartoon satírico é uma manifestação artística
Que ridiculariza a realidade
Um desenho que não prejudica ninguém
E que nasce da noção de liberdade.

Tantos Ocidentais foram satirizados ao longo dos anos
Mas alguns muçulmanos não conseguiram aguentar
Em nome da sua fé
Entraram de rompante pelo jornal a matar.

Todos somos Charlie
Pois temos a escolha de o poder ser.
Sinto pena destas pobres almas
Os seus destinos serão a doer.

Boticas, 8 de janeiro de 2015
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I
Catharsis of Words
I am Charlie
I am Charlie
We are all Charlie
In the name of freedom of expression
Charlie Hebdo was the victim of an attack
Causing a good deal of indignation.

Charb and more about eleven innocent died
And a few more were seriously injured
Human lives destroyed and stolen
Victims affected by reasons vain.

In the name of Muhammad
Or any other religion
Nothing justifies these deaths
With this attack the attackers lost all reason.

A satirical cartoon is an artistic expression
That mocks the reality
A drawing that harms no one
And that is born of the notion of freedom.

Western many were satirized over the years
But some Muslims could not endure
In the name of their faith
Came thundering by the newspaper to kill.

We are all Charlie
For we have a choice of power to be.
I feel sorry for these poor souls
Their destinations will be hurting.

Boticas (Vila Real, Portugal), January 7, 2015
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - As divergências culturais / Cultural divergences

 As divergências culturais 

As divergências culturais

São constantes nas relações humanas

Entendimento é mais difícil do que desentendimento

Com a mentira vences, com a verdade enganas.

 

Aquilo que, para mim, é uma verdade

Para outros não passa de um fardo de palha.

Nenhum saber é absoluto

E todo o conhecimento falha.

 

Há culturas urbanas e rurais,

Eruditas e populares

Há diferentes dizeres

Entenderes e pensares.

 

Cultura encontra-se nas manifestações artísticas,

Sociais e linguísticas com bastante intensidade.

Inclui conhecimento, crenças, arte, moral, lei e costumes

E os hábitos, e capacidades, adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade.

É preciso parar para refletir

Procurar assimilar toda essa divergência

Pois, a cultura atravessa a história

Ela não surgiu de uma só tendência.


Escrito: Sentada à secretária, 7 de janeiro de 2015
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I

P.s. – A quarta quadra inclui a definição de Cultura de Edward Burnett Tylor – encontrada na Wikipédia.

Worldly Poetry

Cultural divergences

Cultural divergences

Are a constant in human relations

Understanding is more difficult than misunderstanding

With the lie you win, with the truth you deceive.

 

What for me is a truth

To others is but a load of straw.

No knowledge is absolute

And all knowledge fails.

 

There are urban and rural cultures,

Erudite and popular

There are different sayings,

Understandings and thoughts.

 

Culture is found in artistic manifestations,

Social and linguistic manifestations with great intensity.

It includes knowledge, beliefs, art, morals, law and customs

And the habits, and abilities, acquired by man as a member of society.

 

It is necessary to stop and reflect

Try to assimilate all this divergence

For, culture traverses’ history

It did not arise from a single trend.


Written: Sitting at desk, January 7, 2015
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I

P.S. - The fourth block includes the definition of Edward Burnett Tylor culture - found in Wikipedia.
Nonô Poetry

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Ser único / Being unique

 Ser único

Eu sou única

Tu és único

Ele(a) é único(a)

Nós somos únicos

Vós sois únicos

Eles / Elas são únicos (as)

Ser único não é um verbo

É uma qualidade

Um adjetivo que encerra em si

Muita verdade

Todos nós somos seres únicos

Há em nós o dom da unicidade

Nunca deixes ninguém te dizer o contrário

Pois, tu és único na realidade.

Escrito: Autocarro com destino a Montalegre,
7 de janeiro de 2015
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Being unique

I am unique

You are unique

He/She is unique

We are unique

You are unique

They are unique

To be unique is not a verb

It is a quality

An adjective that contains in itself

A lot of truth

We are all unique beings

There is within us the gift of uniqueness

Never let anyone tell you otherwise

For, you are unique in reality.

Written: Bus bound for Montalegre,
January 7, 2015
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - A partilha / The share

A partilha 

Os outros são como são

Não são como queremos

Entre nós tem de haver uma adaptação

Devemos partilhar o melhor que temos.

 

Da partilha muito pode nascer

Das fraquezas forças podem emergir

É da união de saberes

Que um mundo melhor pode surgir!

Escrito: 27 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The share

Others are the way they are

They are not as we want them to be

Between us there must be an adaptation

We must share the best we have.

 

From sharing much can be born

Out of weaknesses strengths can emerge

It is from the union of knowledge

That a better world can appear!

Written: December 27, 2014
In Costa, M.ªLeonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

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