Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Autorretrato / Self-portrait

Self Portrait

M.ª Leonor Costa (Nonô)

Autorretrato

Não sinto ganância

Também não sou invejosa

Para mim só a essência tem importância

Acho-me pouco vaidosa.

 

Posso até ser um pouco egoísta

Por não partilhar tudo o que é meu

Sou por vezes altruísta

E tenho respeito por aquilo que é teu.

 

Não me sinto narcisista

Apesar de gostar muito de mim

Talvez dentro de mim o ego já não exista

Porque me esforcei para ser assim.

 

Livre procuro-me sentir

Dentro dos limites impostos à liberdade

Da vida tento usufruir

E com pouco ter felicidade.


Poema manuscrito: Sentada no autocarro que parte de Chaves com destino a Boticas, 24 de abril de 2015, 8h57
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Self-portrait

I feel no greed

I am not envious either

For me only the essence is important

I think I'm not very vain.

 

For not sharing all that is mine

I am sometimes selfless

And I have respect for what is yours.

 

I don't feel narcissistic

Even though I love myself very much

Maybe inside me the ego no longer exists

Because I've made an effort to be so.

 

Free I try to feel

Within the limits imposed on freedom

I try to enjoy life

And with little to have happiness.


Handwritten: Sitting on the bus from destination with Chaves to Boticas, on April 24, 2015, 8:57 a.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

terça-feira, 28 de abril de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Sossego para o meu coração / Peace to my heart

Sossego para o meu coração
Que se lixe a casa
E todos os bens materiais
O apego não alimenta a brasa
Não nos faz sentir especiais.

Quando eu morrer
Nada do que possuo irá comigo,
Prefiro bem viver
E não carregar este castigo.

O dinheiro é um passaporte
De tudo aquilo se se consegue comprar
Quero apenas 20 € para a minha morte
Para a barca, poder pagar.

Sem dinheiro muito se faz
Basta dar largas à imaginação
Agora preciso de paz
E de sossego para o meu coração.

Sentada no autocarro que parte de Chaves com destino a Boticas
Poema manuscrito
24 de abril de 2015, 8h48
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words
Peace to my heart
What the hell the house
And all the material goods
The attachment does not feed the embers
It does not make us feel special.

When I die
Nothing that I have will go with me.
I prefer good life
And not load this punishment.

Money is a passport
Of all that you can buy
I just want €20 for my death
To be able to pay the barge.

Without money very is made
Just give vent to imagination.
Now I need peace
And rest to my heart.

Sitting on the bus from destination with Chaves to Boticas,
handwritten
on April 24, 2015, 8:48 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - Rumo à minha felicidade / Towards my happiness

Rumo à minha felicidade
Vais-me continuar a dizer
Que eu não te avisei
Que não te dei a conhecer
Que não argumentei e gritei.

Vais continuar a afirmar
Que não me viste chorar
Que não me quiseste enganar
E que só mentindo eu poderia engravidar.

Vais continuar a repetir
Os mesmos argumentos diariamente
Eu já não te consigo ouvir
A tua voz tolda a minha mente.

Vai, eu deixo-te ir
Procura a tua identidade
Eu vou em breve partir
Rumo à minha felicidade.

Sentada no autocarro que parte de Chaves com destino a Boticas,
Poema manuscrito,
24 de abril de 2015, 8h36
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves
Towards my happiness
You'll still tell me
I did not warn you
I did not give you the knowing
Not argued and screamed.

Will you continue to assert
That you did not see me cry
That you would not deceive me
And that only lying I could get pregnant.

Will you continue to repeat
The same arguments daily
I already can’t hear you
Your voice blurs my mind.

Go, I'll let you go
Search your identity
I'll soon leave
Towards my happiness.

Sitting on the bus from destination with Chaves to Boticas,
Handwritten poem,
on April 24, 2015, 8:36 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

domingo, 26 de abril de 2015

Amores Platónicos / Platonic Loves - A culpa foi do destino / The fault was of fate

A culpa foi do destino 
Uma oportunidade é o que me pedes
Depois de todas as que já te dei
Tenho a sensação que não medes
Tudo aquilo que por ti abdiquei.

Fizeste ouvidos moucos
Às minhas argumentações
Os outros não são loucos
Tu alimentas frustrações.

Apagaste a chama do amor
Já nada arde no meu peito
Apenas resta algum rancor
E um pouco de respeito.

Assim termina uma história
De duas vidas que se cruzaram
Ficam apenas as memórias
Daqueles, que por culpa do destino, se encontraram.

Sentada no autocarro que parte de Chaves com destino a Boticas
Poema manuscrito
24 de abril de 2015, 8h28
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves
The fault was of fate
An opportunity is what you ask
After all I've given you
I have a feeling that you don’t measure
All that I abdicated for you.

You did deaf ears
To my arguments
The others are not crazy
You nourish frustrations.

You blotted out the flame of love
Already nothing burns in my chest
It only remains a grudge
And a little respect.

So ends a story
Of two lives that crossed
Staying only memories
Of those, who by fate's fault, met.

Sitting on the bus from destination with Chaves to Boticas,
Handwritten poem,
on April 24, 2015, 8:28 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
Nonô Poetry

sábado, 25 de abril de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Peço desculpa por ter pedido ajuda / I apologize for asking help

Peço desculpa por ter pedido ajuda 
Peço desculpa por ter pedido ajuda
Se dela não precisa-se, não a pedia
Lamento a sua recusa,
Não volto a incomodar
Não contava com a sua atitude,
Desprevenida fiquei-me a chorar.

A nossa falta de comunicação
Já vem de lá de trás no tempo
A sua exigência comigo, é imensa
O seu respeito não consigo alcançar
Foi a sua incompreensão
Que me assustou e fez-me voar.

Já não consigo reprimir
Para fora a mágoa tenho de deitar
Muitas vezes errei na vida
Por ter medo de o desapontar
Agora já sou crescida
Sinto que nada tenho que provar.

Sentada à secretária em Boticas,
escrito a computador,
21 de abril de 2015, 16h10
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

I apologize for asking help
I apologize for asking help
If I didn’t need it I wouldn’t ask for it
I regret your refusal
I don’t come back to bother
I did not count on your attitude
I was unprepared, so I cried.

Our lack of communication
It comes from back there in time
Your demand is huge with me
Your connection I can’t reach
It was your misunderstanding
That scared me and made me fly.

I can no longer suppress
Out the hurt I have to lie down
Often missed in life
For being afraid of disappoint you
Now I am grown
I have nothing more to prove.

Sitting at my the desk in Boticas
written on the computer
on April 21, 2015, 4:10 p.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Chuva de pétalas / Petals rain

Chuva de pétalas

A primavera chegou

As árvores desataram a florir

O tempo piorou

E as pétalas começaram a cair.

 

Seguidas umas pelas outras e lentamente

À sua volta um lindo manto se espalhou

Uma perspetiva que não fica para sempre

Apenas se vê o que o vento não levou.

 

É uma autêntica chuva

Que cai de várias árvores

Assenta como uma luva

E têm muitas e lindas cores.

Escrito a computador: Sentada à secretária em Boticas,
21 de abril de 2015, 12h25
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry

Petals rain

Spring has arrived

The trees began to blossom

The weather got worse

And the petals began to fall.

 

Followed one by the other and slowly

Around them a beautiful mantle spread

A view that doesn't stay forever

You only see what the wind didn't carry away.

 

It’s an authentic rain

Falling of various trees

It fits like a glove

And has many beautiful colors.

Written on the computer: Sitting at my the desk in Boticas,
on April 21, 2015, 12:25 p.m.
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - De onde sou só eu sei / From where I am only, I know

De onde sou só eu sei 
Um dia a Trás-os-Montes cheguei
E desde logo muito estranhei
Um estranho mundo encontrei
Para outro tempo, sinto que viajei.

Aos pouco me adaptei
Novo vocabulário e hábitos herdei
Aqui muito me inspirei
E um dia para a realidade acordei

Agora estou de partida
Não sei quando regressarei
Vai-me custar a despedida,
Mas de onde sou só eu sei.

Sentada no autocarro que parte de Chaves com destino a Boticas,
Poema manuscrito,
21 de abril de 2015, 8h53
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

From where I am only, I know
One day to Tras-os-Montes I arrived
And immediately very I stranged
A strange world I found
For another time, I flew.

Little by little I adapted
New vocabulary and habits inherited
Here very I was inspired
And one day I woke up to reality

Now I'm departure
I do not know when I will return
It will cost me the farewell,
But from where I am only, I know.

Sitting on the bus from destination with Chaves to Boticas,
Handwritten poem,
on April 21, 2015, 8:53 a.m.
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

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