Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

Quem sou eu / Who am I

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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Espero que não fiques ofendido / I hope you do not be offended

Sou uma brincalhona
Ai como adoro brincar
Alegre e bem disposta
O ambiente adoro animar.

Não faço por ferir susceptibilidades
Não gozo com ninguém
Só gosto de rir
E fazer rir também.

Gosto de brincar e rir
Com as pessoas e na sua companhia
Não me atrevo a gozar com ninguém
Acho isso uma cobardia.

O meu sentido de humor
Nem sempre é bem entendido
Mas contínuo sempre a brincar
Só espero que não fiques ofendido.

Sentada no comboio da linha de Sintra
6 de julho de 2016
escrito à mão
8h45

I'm a playful
Oh how I love to play
Cheerful and willing
The environment I love to animate.

I do not for hurting susceptibilities
No joy with anyone
I just like to laugh
And make laugh too.

I like to joke and laugh
With people and their company
I dare not poke fun at anyone
I think this is cowardice.

My sense of humor
It is not always well understood
But I still always playing
I hope you do not be offended.

Sitting in the Sintra line train
July 6, 2016
handwritten

8:45 a.m.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sou uma ostra fechada / I'm a closed oyster

Sou uma ostra fechada
Com uma pérola escondida no meio
Quem me conseguirá abrir?
Quem se atreve a ser o primeiro?

Sou um tesouro
Difícil de descobrir
Há uma mapa para me encontrar
As suas pistas tens de seguir.

Sou um diamante em bruto
À espera de quem me conseguir burilar
Uma pedra preciosa
Rara de encontrar.

Sou um sonho
Tornado realidade
Só conseguirei ser
De quem me amar de verdade.

Sentada na gare dos comboios de Mem-Martins
6 de julho de 2016
escrito à mão
8h39

I'm a closed oyster
With a hidden pearl in the middle
Who will get me open?
Who dares to be the first?

I am a treasure
Hard to find
There is a map to find me
Its lanes you must follow.

I am a diamond in the rough
Waiting for those who get me hone
A precious stone
Rare to find.

I am a dream
come true
I only will be able to be
Of whom love me really.

Sitting in the station of Mem-Martins trains
July 6, 2016
handwritten

8:39 a.m.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Sou uma borboleta / I'm a butterfly

Sou uma borboleta
Não é da minha natureza ficar
Nem permanecer muito tempo
No mesmo lugar.

A vida é curta
Eu gosto de aproveitar
Adoro ler e aprender
Sonho em viajar.

O meu poiso
É em qualquer lugar
Voo muito facilmente
Sem me cansar.

Por favor te peço
Não tentes me agarrar
Dá-me liberdade
Preciso dela para voar.

Sentada no comboio da linha de Sintra
5 de julho de 2016
escrito à mão
17h47

I'm a butterfly
It's not my nature to stay
Not long remain
In the same place.

Life is short
I like to enjoy it
I love to read and learn
I dream of traveling.

My resting place
It is anywhere
I fly very easily
Without fail me.

Please I ask you
Do not try to grab me
Give me freedom
I need it to fly.

Sitting in the Sintra line train
July 5, 2016
handwritten

5:47 p.m.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Para um poeta escrever / For a poet writing

Para um poeta escrever
Tem de primeiro viver
Parar para conhecer
O mundo à volta precisa de absorver.

Tem de ver mais além
Falar do que não lembra a ninguém
Sentir que é alguém
Não ficar aquem.

Um poeta tem de observar
Utilizar as palavras para dialogar
Saber refletir e pensar
Ser amado e amar.

Sentada no comboio da linha de Sintra
4 de julho de 2016
escrito à mão
8h36

For a poet write
He must first live
Stop to know
The world around he needs to absorb.

He must see beyond
Talking about what does not remember anyone
Feel that he is someone
Do not fall short.

A poet has to observe
Use the words to talk
Knowing to reflect and think
To be loved and to love.

Sitting in the Sintra line train
July 4, 2016
handwritten

8:36 a.m.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O milagre dos nascimento / The miracle of birth

O milagre do nascimento
E a inevitabilidade da morte
São a condição humana
Jogando a sua sorte.

Todos nascemos
E por algum tempo cá andamos
Sem data prevista para partirmos
Esta terra abandonamos.

Não somos eternos
Mesmo a duvidar
Somos efêmeros
Neste estranho lugar.

Nascidos de um milagre
Deixados à nossa sorte
Temos um caminho
Mantendo nos forte.

Sentada na praia em Cascais
3 de julho de 2016
escrito à mão
15h37

The miracle of birth
And the inevitability of death
They are the human condition
Playing is luck.

We all born
And for some time we walk here
No date for leave
This land to abandon.

We are not eternal
Even we doubt
We are ephemeral
In this strange place.

Born of a miracle
Left to our fate
We have in a way
Keeping us strong.

Sitting on the beach in Cascais
July 3, 2016
handwritten

3:37 p.m.

domingo, 24 de julho de 2016

Haiku, Haikai , 俳句

Oceano à vista
Barcos grandes ao longe a passar.
As crianças brincam na areia

29 de junho de 2016,
Sentada na praia de Cascais
escrito à mão
14h32



Ocean in sight
large boats at distance passing.
Children play in the sand

June 29, 2016,
Sitting on the beach in Cascais
handwritten

2:32 p.m

sábado, 23 de julho de 2016

Saudades de Viajar / Long to travel.

Listeren naar radio
Ouvir a rádio
Uma frase em flamengo
Que em tempos tive de fixar.
Nǐ hǎo e Xièxie
Na China tive de utilizar
Gracias e bienvenidos
Em espanha não pode faltar.
Em marrocos na botica
De “enchaquicas” ouvi falar.
Estamos numa noite de Verão
Que saudades tenho de viajar.

Sentada na secretária no meu quarto em casa dos meus pais
3 de julho de 2016
escrito à mão
00h16
Worldly Poetry

Listeren naar radio
Listen to the radio
A phrase in Flemish
Who once I had to fix.
Nǐ hǎo and Xiexie
In China I had to use
Gracias and bienvenidos
In Spain can’t miss.
In Morocco in pharmacy
From "enchaquicas" I heard about.
We are in a summer night
What I long to travel.

Sitting at the desk in my room in my parents' house
July 3, 2016
handwritten

00:16 a.m

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