Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Vivo num mundo à parte / I live in a world apart

Vivo num mundo à parte

Vivo num mundo à parte

Onde mais ninguém habita

Um planeta só meu

Aonde tudo é catita.

 

Por lá há tudo o que preciso

Nunca sinto solidão

O meu corpo é a minha casa

E a lareira é o meu coração.

 

O meu cérebro é o hall de entrada

Para todas as outras divisões

É por ele que tudo passa

Até os pensamentos e as ilusões.

 

Os meus braços e pernas

São quartos móveis

O meu tronco é a sala de jantar

Guardando as minhas entranhas imóveis.

 

O meu corpo é o meu planeta,

A minha casa e o meu mundo

Nele resguardo-me e confio

E guardo o que me é mais profundo.

Escrito: 16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
I live in a world apart

I live in a world apart

Where no one else lives

A planet of my own

Where everything is cool.

 

Over there, there is all I need

I never feel lonely

My body is my home

And the fireplace is my heart.

 

My brain is the entrance hall

To all other divisions

It is through it that everything passes

Even thoughts and illusions.

 

My arms and legs

Are mobile rooms

My torso is the dining room

Holding my immobile entrails.

 

My body is my planet,

My house and my world

In it I shelter and trust

And I hold what is deepest in me.

Written: December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Hoje as aulas do 1º período terminam / Today the first period classes end

Hoje as aulas do 1º período terminam

Hoje as aulas terminam

Começam as férias de Natal

O 1.º período acabou

É hora de fazer um balanço final.

 

É um dia de festa

Há muita animação

A miudagem está alegre

Estão todos numa enorme a agitação.

 

Há peru para o almoço

Músicas e canções para dançar

O Pavilhão desportivo vai se encher

Não há mais espaço para entrar.

 

Mais um período termina

Este é um dia especial

Seguem-se uns dias de descanso para todos

Porque não tarda chega o Natal.

Escrito: 16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
 Worldly Poetry

Today the first period classes end

Today classes end

Christmas vacation starts

The first period is over

It's time to make a final balance.

 

It's a day of celebration

There's a lot of animation

The kids are happy

Everyone's in a huff.

 

There is turkey for lunch

Music and songs to dance

The sports hall will fill up

There is no room to enter.

 

Another term ends

This is a special day

A few days of rest will follow for everyone

Because Christmas will soon be here.

Written: December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O tontinho da aldeia / The village fool

O tontinho da aldeia 

Pobre alma nasceu sem sorte

Quis a vida que viesse ao mundo deficiente.

Com as suas limitações

Ele é simplesmente diferente.

 

O seu modo de falar é estranho

Assim como a sua forma de articular as ideias

É conhecido por todos

Devido às suas parcas maneiras.

 

É o tontinho da aldeia

Trabalha todo o dia na lavoura

Recebe a sua vida à jeira

A sua presença, ninguém ignora.

 

Ele bebe uns copos a mais

E diz muitos disparates

É uma alma solitária

Que vive sem nenhuns disfarces!

Escrito: 15 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The village fool

Poor soul was born without luck

Life wanted him to come into the world handicapped.

With his limitations

He is simply different.

 

His way of speaking is strange

As is his way of articulating ideas

He is known by all

Because of his meager ways.

 

He is the village fool

He works all day in the fields

He takes his life in his stride

His presence, no one ignores.

 

He drinks a few too many drinks

And talks a lot of nonsense

He is a lonely soul

Who lives without any disguises!

Written: December 15, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


domingo, 14 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O nevoeiro dissipou-se / The fog has lifted

O nevoeiro dissipou-se

O nevoeiro dissipou-se

O sol já está a brilhar

O dia ainda está no começo

Muito tem ainda para dar.

 

Há trabalho para fazer

Muitas contas para somar

Muitos papéis para ver

Arquivos para organizar.

 

Seja no verão ou no inverno

É sempre a mesma rotina

O dia cedo começa

Tardiamente termina.

Escrito: 14 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The fog dissipated

The fog has lifted

The sun is already shining

The day is just beginning

There's still a lot to give.

 

There is work to do

Many accounts to add up

Many papers to see

Files to organize.

 

Whether it’s summer or winter

It's always the same routine

The day starts early

Very late finishes.

Written: December 14, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


sábado, 13 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - São horas de refletir / It is time to reflect

São horas de refletir 

São horas de refletir,

O fim de ano está prestes a chegar,

De fazer balanço do ano que passou

E de tudo aquilo que tive de superar.

 

Ocasião para encontrar novos objetivos

Para definir bitolas e obstáculos a ultrapassar.

As metas para uma nova corrida

Que está longe de terminar!

 

Ano após ano, tenho feito assim

Elaboro uma lista

Como os objetivos a alcançar

E durante o ano faço esse jogo de pista.

 

No final do ano paro e faço um balanço

Analiso o que ficou por alcançar

Quando um novo ano inicia

Encho o peito de ar e começo novamente a lutar.

Escrito: 13 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
 Worldly Poetry

It is time to reflect

It is time to reflect

The end of the year is about to arrive,

To take stock of the year gone by

And all that I had to overcome.

 

An occasion to find new goals

To set gauges and obstacles to overcome.

The goals for a new race

Which is far from over!

 

Year after year, this is what I have done

I draw up a list

As the goals to achieve

And during the year I play this track game.

 

At the end of the year, I stop and take stock

I analyze what was left unachieved

When a new year begins

I fill my chest with air and start fighting again.

Written: December 13, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Um branco manto se estende / A white mantle extends out

Um branco manto se estende

Um branco manto se estende

Onde ontem o verde reinava

A temperatura lá fora desceu

Até a ponta do nariz tenho gelada.

 

Vejo fumo sair das chaminés

A névoa paira no ar

A paisagem parece um pouco desfocada

Não é nítido do que se consegue enxergar.

 

Está cada vez mais frio

É o inverno que está a chegar

O Natal está quase à porta

E o ano não tarda a terminar.

 

As estações sucedem-se

Com alguma normalidade

Mas o frio não me agrada nada

Essa é a realidade.

Escrito: 10 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I

Worldly Poetry
A white mantle extends

A white mantle extends out

Where yesterday the green reigned

The temperature outside has dropped

Even the tip of my nose is freezing.

 

I see smoke rising from the chimneys

The mist hangs in the air

The landscape seems a little blurry

It's not clear from what you can see.

 

It's getting colder and colder

It's winter that's coming

Christmas is just around the corner

And the year will soon be over.

 

The seasons succeed each other

With some normalcy

But I don't like the cold at all

That is the reality.
Written: December 10, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - O mundo está às avessas / The world is upside down

O mundo está às avessas
O mundo está às avessas
Tudo está ao contrário
Já nada é como devia
Vivemos um constante fadário.

Toda a gente se despe em qualquer lado
Já não há nenhum pudor
Todo o mundo mata
E alguns afirmam ter sido por amor.

Aquilo que é agora
Daqui a 5 minutos deixa de ser.
A vida anda tão rápida
Já não há tempo para aprender.

Há muita ganância e inveja
Onde a ajuda ao próximo devia reinar.
Quando será que tudo isto termina?
Onde vamos nós parar?

9 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

The world is upside down
The world is upside down
Everything is reversed
Already nothing is as it should be
We live a constant fate.

Everybody undresses anywhere
There is no longer any shame
Everyone kills
And some claim to have done it for love.

What is now
5 minutes from here is no longer.
Life moves so fast
There is no time to learn.

There is a lot of greed and envy
Where helping others should reign.
When will all this end?
Where are we go to?
December 9, 2014
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry


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