Bem-vindo(a) ao projeto criativo de Cultura, Artes e Letras, Poemas, Quadras, Haikus, Contos e Escritas da autoria da Poetisa Nonô / Welcome to the creative project of Culture, Arts of Poems, Quatrains, Haikus, Short Stories and Writings by the Poetess Nonô (Alter ego de / of: M. ª Leonor Costa)
Convido-te a subescrever o Blogue e a deixar os teus comentários para ficares a par das atualizações. / I invite you to subscribe to the blog and leave your comments to keep up to date.

Quem sou eu / Who am I

Grata pelo teu apoio / Grateful for your the support

Traduzir / Translate

Pesquisar neste blogue

sábado, 20 de dezembro de 2014

Amores Platónicos / Platonic Loves - O nosso amor terminou / Our love ended

O nosso amor terminou
O nosso amor terminou
Mas ainda não recebeu o aviso em casa
Um de nós vai partir
Vai levantar a asa.

O encanto quebrou-se
Não há projetos comuns aos dois
Somos de mundos diferentes
E a marrar parecemos bois.

Discussões, mais discussões
Desentendimentos continuados
A nossa relação declinou
Quando deixamos de ser namorados.

16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor. Amores Platónicos. Vol. I
Platonic Loves

Our love ended
Our love ended
But has not received the notice at home
One of us will leave
Will lift the wing.

The spell was broken
There is no common to the two projects
We come from different worlds
And horns with horns we seem oxen.

Discussion, more discussions
continued disagreements
Our declined relationship
When we fail to be boyfriends.
December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor. Platonic Loves. Vol. I
 Nonô Poetry

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Cada vez estamos mais sós / Each time we are lonelier

Cada vez estamos mais sós
Cada vez estamos mais sós
Sentimos uma enorme solidão
Já não há cumplicidades
Mesmo no meio de uma multidão.

Não somos assim tão poucos
Em Portugal somos cerca de 10 milhões
Mas não nos entreajudamos
Em vez disso andamos aos trambolhões.

Vivemos numa sociedade doente
Corrompida pelos exemplos dos seus governantes
Podíamos ser grandes amores
Mas somos apenas amantes.

Uma crise de valores
Nos nossos tempos se instalou
Muita coisa boa se perdeu
Enquanto o mundo mudou.

16 de dezembro de 2014

In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I


Catharsis of Words
Each time we are lonelier
Each time we are lonelier
We feel a great loneliness
Have no complicity
Even in the midst of a crowd.

We are not that few
In Portugal we are about 10 million
But we don’t help each other’s
Instead we walked tumbling.

We live in a sick society
Corrupted by the examples of their rulers
We could be great loves
But we're just lovers.

A crisis of values
In our time settled
Much good has been lost
While the world has changed.


December 16, 2014

In Costa, M.ªLeonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Catarse das Palavras / Catharsis of Words - Dormindo em pé / Sleeping on foot

Dormindo em pé
Dormindo em pé
A caminho do trabalho
O meu corpo segue o seu rumo
Enquanto eu a mente baralho.

Os meus olhos
Nada veem à sua volta
Não estão focados no presente
Enquanto o meu espírito se revolta.

Para dentro o espirito se vira
Procurando uma inspiração
Bebendo forças no meu interior
Fortalecendo o meu coração.

São apenas momentos
De pura deambulação
Caminhando em piloto automático
Enchendo de ar o pulmão.

16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor. Catarse das Palavras. Vol. I

Catharsis of Words

Sleeping on foot
Sleeping on foot
On the way to work
My body follows its course
As my mind is playing.

My eyes
Nothing see around
They are focused on present
While my spirit revolts.

Inside the mind turns
Looking for inspiration
Drinking forces within me
Strengthening my heart.

They are just moments
Pure ambulation
Walking on autopilot
Filling air lung.
December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor. Catharsis of Words. Vol. I
Nonô Poetry

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Vivo num mundo à parte / I live in a world apart

Vivo num mundo à parte

Vivo num mundo à parte

Onde mais ninguém habita

Um planeta só meu

Aonde tudo é catita.

 

Por lá há tudo o que preciso

Nunca sinto solidão

O meu corpo é a minha casa

E a lareira é o meu coração.

 

O meu cérebro é o hall de entrada

Para todas as outras divisões

É por ele que tudo passa

Até os pensamentos e as ilusões.

 

Os meus braços e pernas

São quartos móveis

O meu tronco é a sala de jantar

Guardando as minhas entranhas imóveis.

 

O meu corpo é o meu planeta,

A minha casa e o meu mundo

Nele resguardo-me e confio

E guardo o que me é mais profundo.

Escrito: 16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
I live in a world apart

I live in a world apart

Where no one else lives

A planet of my own

Where everything is cool.

 

Over there, there is all I need

I never feel lonely

My body is my home

And the fireplace is my heart.

 

My brain is the entrance hall

To all other divisions

It is through it that everything passes

Even thoughts and illusions.

 

My arms and legs

Are mobile rooms

My torso is the dining room

Holding my immobile entrails.

 

My body is my planet,

My house and my world

In it I shelter and trust

And I hold what is deepest in me.

Written: December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Hoje as aulas do 1º período terminam / Today the first period classes end

Hoje as aulas do 1º período terminam

Hoje as aulas terminam

Começam as férias de Natal

O 1.º período acabou

É hora de fazer um balanço final.

 

É um dia de festa

Há muita animação

A miudagem está alegre

Estão todos numa enorme a agitação.

 

Há peru para o almoço

Músicas e canções para dançar

O Pavilhão desportivo vai se encher

Não há mais espaço para entrar.

 

Mais um período termina

Este é um dia especial

Seguem-se uns dias de descanso para todos

Porque não tarda chega o Natal.

Escrito: 16 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
 Worldly Poetry

Today the first period classes end

Today classes end

Christmas vacation starts

The first period is over

It's time to make a final balance.

 

It's a day of celebration

There's a lot of animation

The kids are happy

Everyone's in a huff.

 

There is turkey for lunch

Music and songs to dance

The sports hall will fill up

There is no room to enter.

 

Another term ends

This is a special day

A few days of rest will follow for everyone

Because Christmas will soon be here.

Written: December 16, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O tontinho da aldeia / The village fool

O tontinho da aldeia 

Pobre alma nasceu sem sorte

Quis a vida que viesse ao mundo deficiente.

Com as suas limitações

Ele é simplesmente diferente.

 

O seu modo de falar é estranho

Assim como a sua forma de articular as ideias

É conhecido por todos

Devido às suas parcas maneiras.

 

É o tontinho da aldeia

Trabalha todo o dia na lavoura

Recebe a sua vida à jeira

A sua presença, ninguém ignora.

 

Ele bebe uns copos a mais

E diz muitos disparates

É uma alma solitária

Que vive sem nenhuns disfarces!

Escrito: 15 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The village fool

Poor soul was born without luck

Life wanted him to come into the world handicapped.

With his limitations

He is simply different.

 

His way of speaking is strange

As is his way of articulating ideas

He is known by all

Because of his meager ways.

 

He is the village fool

He works all day in the fields

He takes his life in his stride

His presence, no one ignores.

 

He drinks a few too many drinks

And talks a lot of nonsense

He is a lonely soul

Who lives without any disguises!

Written: December 15, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


domingo, 14 de dezembro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - O nevoeiro dissipou-se / The fog has lifted

O nevoeiro dissipou-se

O nevoeiro dissipou-se

O sol já está a brilhar

O dia ainda está no começo

Muito tem ainda para dar.

 

Há trabalho para fazer

Muitas contas para somar

Muitos papéis para ver

Arquivos para organizar.

 

Seja no verão ou no inverno

É sempre a mesma rotina

O dia cedo começa

Tardiamente termina.

Escrito: 14 de dezembro de 2014
In Costa, M.ª Leonor, Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
The fog dissipated

The fog has lifted

The sun is already shining

The day is just beginning

There's still a lot to give.

 

There is work to do

Many accounts to add up

Many papers to see

Files to organize.

 

Whether it’s summer or winter

It's always the same routine

The day starts early

Very late finishes.

Written: December 14, 2014
In Costa, M.ª Leonor, Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry


Contactar com a Nonô / Get in touch with Nonô

Nome

Email *

Mensagem *

Anchor Spotify

Arquivo Do Blogue / Blog Archive