Olá, queridos leitores!
Sempre
escrevi poemas, haikus, contos e outros textos com alma e intensidade.
Nos últimos tempos, descobri uma nova dimensão da poesia: o poder da voz.
Tenho
lido os meus poemas em público, muitas vezes com música de fundo, em cafés
culturais, tertúlias e encontros poéticos. Já li a solo… e também em dueto,
partilhando a voz com outros autores — uma experiência que adorava repetir mais
vezes.
Já tive o privilégio de partilhar a minha voz em dezenas de leituras públicas — cada uma com a sua energia, cada uma com o seu público, e todas com um ponto comum: a entrega.
Ainda estou a aprender a soltar-me, a respirar entre os
versos e a dar a cada leitura a emoção certa. Quero continuar a crescer como intérprete da minha própria escrita — e também como parceira de leitura, seja em dueto ou acompanhada por música, porque há algo de
mágico em ler a pares, em sintonia e cumplicidade.
Cada palavra, quando dita, vibra de forma diferente. Há uma força invisível quando partilhamos o que sentimos com quem também sente.
Uma
das leituras que mais me marcou aconteceu no evento da Adega Lê Bem.
Estava nervosa, como sempre fico antes de subir ao “palco” – mesmo que seja
apenas uma sala pequena, com gente que sorri e que conheço.
Os
poemas escolhidos foram dois do meu primeiro livro publicado, Animais Poéticos — “Gaivotas em Terra” e “Pomba Branca”. E ali,
naquele instante, senti que a poesia não era só minha: era de todos.
Ouvi
risos. No final, vieram dizer-me que aqueles poemas pareciam ter sido escritos
para eles. E talvez tenham sido mesmo. Porque quando escrevemos de dentro,
tocamos o outro por dentro também.
Participar em tertúlias e encontros poéticos tem sido uma das grandes conquistas dos últimos tempos. Porque exige coragem. Exige presença. Exige verdade.
E oferece conexão, empatia e aquele calor que só as palavras conseguem acender.
🎧 Ouve aqui o poema em áudio:
🎬 Vê e sente o poema neste vídeo:
E
tu, já leste em voz alta o que escreveste em silêncio?
Até
à amanhã, aqui no blogue!
Despeço-me,
como sempre, com o nosso habitual cumprimento:
Gratidão e Beijos Poéticos
M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)
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