Olá, queridos leitores!
Durante
alguns anos da minha juventude e inícios da vida adulta, dei asas à minha
criatividade através da costura.
Fiz
a minha própria roupa, criei peças para a minha mãe, explorei tecidos, moldes e
linhas como quem desenha emoções com agulha e tesoura.
Antes de seguir outros caminhos, tive a honra de colaborar na confecção de roupas para a Companhia Nacional de Bailado. Sim, vi aquelas peças dançarem no palco do CCB, em Lisboa — e o meu coração dançou com elas. Infelizmente, não encontro nenhuma fotografia do evento, mas cada vez mais acho que as melhores fotografias estão dentro de nós.
Foi
no início do milénio, mas ainda hoje esse momento brilha dentro de mim.
Deixo aqui uma fotografia de algumas peças que transformei.
Blusa de crochê feita por mim. |
A
vida levou-me para outros rumos, mas levo comigo estas pérolas de conhecimento.
Costurar
ensinou-me paciência, atenção ao detalhe, o preceito e a beleza do feito à mão.
Sou,
desde sempre, uma alma criativa — e essa essência está em tudo o que faço,
mesmo que hoje os meus tecidos sejam as palavras.
📝 Poema: ✨ Costurei Sonhos em Tecido 🧵🩰
Costurei
sonhos com precisão,
fiz
da agulha o meu pincel.
Cada
ponto era intenção,
cada
linha um laço fiel.
No
tempo em que o palco me chamou,
vivi
a arte sem estar lá.
Foi
no CCB que o meu labor dançou
em
cada peça que o corpo embala.
Vieram
depois outros caminhos,
mas
guardei a arte no peito.
A
saudade mora nos cantinhos
do
que foi simples e perfeito.
Hoje
os tecidos são palavras,
e
os moldes, versos com cor.
Costuro
ainda sem lavras
com a linha doce do amor.
Série: Nonô Lê Versos do Blogue
🎧 Ouve aqui o poema em áudio:
🎬 Vê e sente o poema neste vídeo:
E
tu, tens alguma habilidade esquecida que ainda vive dentro de ti?
Até
amanhã, aqui no blogue!
Despeço-me, como sempre, com o nosso habitual cumprimento: ✨
Gratidão e Beijos Poéticos
M.ª Leonor Costa (Poesias da Nonô)
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