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Os insubstituíveis são substituídos
Num estalar de dedos
Os honestos são corrompidos.
Vivemos na impermanência
O que é hoje não é amanhã
Enquanto por cá andamos
Mantendo a mente sã.
O tempo encarrega-se
De por tudo no devido lugar
As personagens da história
Estão sempre a mudar.
Hoje sentes-te no topo do mundo
Amanhã talvez no fundo do poço
Muitos tuneis tu irás passar
Neste sinuoso troço.
Cairás muitas vezes
Nem sempre ficarás de pé
Feliz aquele que semeia amigos
E consegue manter a fé.
Comboio (Rossio)
Poema manuscrito,
4 de fevereiro de 2019
7h55
Even the
immortals die
The irreplaceable
ones are replaced
In a snap of
fingers
The honest
ones are corrupted.
We live in
impermanence
What is today
is not tomorrow
While we walk
here
Keeping the
mind healthy.
Time takes
care of itself
For everything
in place
The characters
in the story
They are
always changing.
Today you feel
on top of the world.
Tomorrow maybe
in the bottom of the pit
Many tunnels you
will pass
In this
sinuous stretch.
You will fall
often
You will not
always stand
Happy the one
who sows friends
And manages to
keep the faith.
Train (Rossio)
Handwritten poem,
February 4, 2019
7:55 a.m
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