Lisboa está quase submersa
Do céu cai água a potes
Não para de chover
As ruas ficam alagadas
Porque a água não tem para
onde correr.
Na zona ribeirinha
E noutros locais da cidade
Lisboa fica submersa
Por descuido e é essa a pura
verdade.
A manutenção da limpeza das
fossas e sarjetas
Custa à Câmara algum dinheiro.
Em tempos de crise poupa-se
E outros interesses vêm em
primeiro.
É triste ver os peixes fora de
água
E as pessoas em aflição
E eu até estou longe
Vi tudo através da televisão.
Ano após ano
O cenário de desolação se
repete
O tempo vai passando
E tudo e mais alguma coisa se
promete.
A realidade é que esta
Já não é uma nova situação
Lisboa fica quase submersa
E muitas pessoas sofrem devido
à ordenação.
Escrito:17 de outubro de 2014
In Costa, M.ª Leonor. Poesias Mundanas. Vol. I
Lisbon is almost submerged
Water falls from the sky in jars
It never stops raining
The streets are flooded
Because the water has nowhere to run.
In the riverside area
And in other parts of the city
Lisbon is submerged
Because of carelessness, and that's the simple truth.
Maintaining the cleanliness of cesspools and gutters
Costs the City Council some money.
In times of crisis, it saves money
And other interests come first.
It's sad to see the fish out of water
And people in distress
I'm even far away
I saw it all through the television.
Year after year
The scene of desolation repeats itself
Time goes by
And everything and more is promised.
The reality is that this
Is no longer a new situation
Lisbon is almost submerged
Written: October 17, 2014
In Costa, M.ª Leonor. Worldly Poetry. Vol. I
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