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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Poesias Mundanas / Worldly Poetry - Lisboa está quase submersa / Lisbon is almost submerged

Lisboa está quase submersa
Do céu cai água a potes
Não para de chover
As ruas ficam alagadas
Porque a água não tem para onde correr.

Na zona ribeirinha
E noutros locais da cidade
Lisboa fica submersa
Por descuido e é essa a pura verdade.

A manutenção da limpeza das fossas e sarjetas
Custa à Câmara algum dinheiro.
Em tempos de crise poupa-se
E outros interesses vêm em primeiro.

É triste ver os peixes fora de água
E as pessoas em aflição
E eu até estou longe
Vi tudo através da televisão.

Ano após ano
O cenário de desolação se repete
O tempo vai passando
E tudo e mais alguma coisa se promete.

A realidade é que esta
Já não é uma nova situação
Lisboa fica quase submersa
E muitas pessoas sofrem devido à ordenação.

Escrito:17 de outubro de 2014
In Costa, M.ª Leonor. Poesias Mundanas. Vol. I
Worldly Poetry
Lisbon is almost submerged

Water falls from the sky in jars

It never stops raining

The streets are flooded

Because the water has nowhere to run.

 

In the riverside area

And in other parts of the city

Lisbon is submerged

Because of carelessness, and that's the simple truth.

 

Maintaining the cleanliness of cesspools and gutters

Costs the City Council some money.

In times of crisis, it saves money

And other interests come first.

 

It's sad to see the fish out of water

And people in distress

I'm even far away

I saw it all through the television.

 

Year after year

The scene of desolation repeats itself

Time goes by

And everything and more is promised.

 

The reality is that this

Is no longer a new situation

Lisbon is almost submerged

And many people suffer because of the ordinance.

Written: October 17, 2014
In Costa, M.ª Leonor. Worldly Poetry. Vol. I
Nonô Poetry

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